top of page
Foto do escritorMarcio Oliveira - Vinoticias

“CURIOSIDADES SOBRE CHAMPAGNE”

O artigo sobre curiosidades sobre Jerez gerou alguns comentários de leitores que querem conhecer curiosidades sobre outros vinhos. Então, desta vez, vamos ao Champagne...

Poucos vinhos são associados ao luxo e glamour tanto quanto o champagne. E muitos perguntam porque este espumante cria tanto fascínio entre ao amantes de vinho? Neste artigo, vamos tentar explicar alguns mitos e responderemos às questões mais importantes.

 

♦ QUEM INVENTOU O CHAMPAGNE? - "Venha rápido, estou bebendo estrelas!" Esta é a frase exata que o famoso Dom Pérignon teria gritado para um colega monge depois que ele inventou o champanhe e provou o primeiro gole. Uma bela história, que infelizmente, não é verdade! Dom Pérignon era um mestre de adega no mosteiro de Hautvillers perto de Épernay no final do século XVII, a quem é creditado a prática de misturar uvas de diferentes locais para criar um vinho mais harmonioso e dividir os vinhedos em linhas e colunas, facilitando a colheita de parcelas que estavam na sua maturidade ideal.


O fato de Dom Pérignon ainda ser celebrado hoje como o inventor do champagne se deve ao seu sucessor, Dom Grossard, que em 1821 floreou e exagerou os feitos de seu antecessor em uma carta ao prefeito de Aÿ para causar uma impressão. Grossard foi bem-sucedido a longo prazo, já que uma estátua do monge fica em frente à Maison de Moët et Chandon, que, como a marca de champanhe Dom Pérignon, pertence ao grupo de luxo Moët Hennessy – Louis Vuitton SE (LVMH), em homenagem aos seus feitos heroicos. No final, a história da invenção é puro marketing!


Na verdade, o champagne não foi o primeiro vinho espumante da história. Já em 1531, monges em Limoux (na região do Languedoc) produziram o primeiro vinho espumante! O fato de haver vinho espumante de Champagne no século XVII é mais uma questão de sorte de monges terem aprendido as técnicas de Limoux. E boas relações comerciais com a Inglaterra. Os vinhos eram transportados para a ilha em barris em navios. Uma teoria é que os vinhos começaram a fermentar novamente no porão quente do navio devido a uma certa doçura residual. No entanto, a segunda teoria é mais provável. Isso ocorre porque os ingleses não apenas tinham preferência por vinhos doces na época, mas também já tinham garrafas de vidro. O vinho de Champagne era engarrafado nelas, refinado com açúcar e especiarias e selado. Quando a temperatura subia, a segunda fermentação começava na garrafa - e o dióxido de carbono resultante não conseguia escapar, criando as borbulhas quando a garrafa era aberta.

 

POR QUE O CHAMPAGNE É CHAMADO DE REI DE TODOS OS VINHOS? - O champagne é um produto complexo, vem exclusivamente de uma única região, portanto, é raro e caro. No passado, era dito que apenas os reis podiam pagar por ele, mas infelizmente temos ai um segundo mito. Embora agora seja sinônimo de puro luxo em uma taça, a burguesia abastada também podia pagar pelo vinho espumante nos séculos XVII e XVIII. Para entender a conexão real, temos que viajar um pouco mais para trás na história do champagne, exatamente para o ano 498, para uma época muito antes do champanhe ser espumante.


Naquela época, Clóvis, o primeiro rei dos francos, foi batizado em Reims. Foi precisamente esse batismo que marcou o início da construção da famosa catedral de Reims, que não foi concluída até o século XIV. Todos os reis dos francos foram coroados em Reims a partir de então. E nas cerimônias, o então ainda vinho tranquilo da região era apreciado. Mesmo assim, o vinho da região de Champagne já era chamado de "vinho real". Mas foi o Rei Sol, Luís XIV, que deu o toque real final ao pedir champanhe para Versalhes e torná-lo sua bebida favorita.

 

♦ POR QUE NÃO APENAS REIMS, E TAMBÉM ÉPERNAY SÃO REDUTOS DO CHAMPAGNE? - Graças às coroações e outros eventos reais, é lógico que muitos comerciantes se estabeleceram diretamente em Reims. Até o século XVIII, eles eram principalmente comerciantes de tecidos. Afinal, a nobreza queria ter roupas bonitas. No entanto, esses comerciantes de tecidos geralmente também negociavam vinho.


Isso explica por que Reims é um reduto do champagne e ainda hoje, Maisons importantes como Charles Heidsieck, Krug, Pommery, Ruinart e Veuve Clicquot ainda estão sediadas nesta cidade. Épernay, por outro lado, tornou-se o segundo reduto do champagne graças ao Marne, um tributário do Sena. No século XVII, as mercadorias eram enviadas pelo rio Marne para Paris, que fica a apenas 150 quilômetros de distância. Épernay se tornou um centro comercial muito importante no curso da história do champagne. É por isso que muitas Maisons importantes, como Moët & Chandon, Pol Roger e Perrier-Jouët, também estão sediadas em Épernay.

 

♦ QUANDO FOI FUNDADA A PRIMEIRA MAISON DE CHAMPAGNE? - Embora os ingleses já tivessem feito vinho espumante de champagne no século XVII, demorou mais 100 anos para que a primeira Maison fosse fundada em Reims. A razão para isso não é tão glamorosa! Na França, a garrafa de vidro ainda não havia se tornado amplamente aceita como recipiente para vinho. Afinal, naquela época, o vinho só podia ser vendido para outros países em barris! Isso dificultava o contrabando e, portanto, a evasão de taxas alfandegárias. Foi somente em 1728 que um decreto real permitiu o comércio de garrafas de vinho. Um decreto com consequências, já que em 1729 - apenas um ano depois - o comerciante de tecidos Nicolas Ruinart fundou sua Maison em Reims. Isso faz da Ruinart a mais antiga casa de champagne do mundo.

 

♦ POR QUE O CHAMPAGNE ERA CHAMADO DE “VINHO DO DIABO”? - Apesar da reputação que o champagne desfrutava na França já nos séculos XVII e XVIII, sua produção era uma verdadeira aposta. E muito perigosa porque a qualidade das garrafas naquela época era péssima. Todas eram sopradas à boca de forma artesanal e sem a menor garantia de padrão ou qualidade final. Neste tempo, a revolução industrial ainda estava muito longe. As garrafas usadas para a segunda fermentação eram finas ou irregulares, ou ambas. Muitas dessas garrafas não conseguiam suportar a pressão crescente e estouravam, sendo comum perdas significativas de produção do vinho.


Além disso, ninguém sabia na época como a segunda fermentação na garrafa realmente funcionava quimicamente, muito menos como ela poderia ser controlada. Todas as Maisons sabiam que o açúcar era necessário para a segunda fermentação, mas não se sabia a quantidade certa. Muitas dosagens incorretas garantiram que ainda mais garrafas estourassem do que aconteceria de qualquer maneira devido à pressão excessiva causada por muito açúcar. O champagne era considerado imprevisível, até mesmo diabólico. É exatamente por isso que também era chamado de "vin diable" nos séculos XVII e XVIII, ou "vinho do diabo". Isso só mudou no século XIX, quando Louis Pasteur ajudou a entender como a fermentação funciona no vinho. E finalmente foi possível controlar conscientemente a segunda fermentação na garrafa.

 

♦ QUANTAS BORBULHAS TEM NUMA GARRAFA DE CHAMPAGNE? - Cerca de 49 milhões de bolhas podem ser encontradas em uma garrafa de champanhe padrão de 750ml. Mas quem afirma isso e como essa pessoa chegou a essa conclusão? Bill Lembeck, um eminente cientista e conhecedor de champagne, determinou o volume de CO2 numa garrafa de 750ml e dividiu esse valor pelo volume de uma bolha normal: chegando assim a 49 milhões de borbulhas. (Importante: Ele não contou as bolhas a olho nu!).


Entretanto, há quem discorde deste cálculo e diga que uma taça de champagne com 100 ml libera cerca de 11 milhões de borbulhas. Então 750 ml (uma garrafa normal) liberaria cerca de 82 milhões de borbulhas...


As borbulhas dos espumantes são chamadas de perlage, termo francês que vem da palavra perle, que significa pérola. A formação das borbulhas é resultado da fermentação das uvas, que produz gás carbônico que fica aprisionado nas garrafas. A qualidade do espumante pode ser avaliada pelo perlage, que é um indicador essencial na degustação.

Espumantes feitos pelo Método Tradicional apresentam bolhas de diminuta dimensão, o que também é sinal de qualidade do vinho.

 

♦ QUANTAS GARRAFAS DE CHAMPAGNE SÃO PRODUZIDAS ANUALMENTE? - O número exato de garrafas de champagne produzidas em um determinado ano varia dependendo de uma variedade de fatores (afinal, os produtores estão lidando com a natureza). O clima, as pragas e o consumo previsto influenciam exatamente quantas garrafas são feitas. Mas, em geral, tende a ser superior a 300 milhões anualmente. Em 2021, foram produzidas 315 milhões de garrafas e 326 milhões de garrafas em 2022.

 

♦ O CHAMPAGNE SEMPRE FOI CRISTALINO? – Nem sempre, especialmente nos séculos XVII e XVIII! Naquela época, os vinhos eram mais cinzentos e turvos. A cor cinzenta vinha do fato de que uvas tintas eram usadas e elas não podiam ser prensadas tão rapidamente quanto hoje. É por isso que um "vin gris" (vinho cinza) foi criado. Mas não importa se uvas tintas ou brancas eram usadas, todos os champagnes naquela época tinham uma coisa em comum: eram muito, muito turvos. Isso porque as células de leveduras mortas da segunda fermentação eram simplesmente deixadas na garrafa.


Foi somente no final do século XVIII que as pessoas finalmente começaram a remover o as leveduras mortas das garrafas de champanhe. Este foi o nascimento do “degorgement”. No entanto, levou uma pequena eternidade para as leveduras (fermentos) se acumularem no gargalo da garrafa. E muito vinho foi perdido quando ele foi removido!

Foi quando, junto com seu mestre de adega alemão Anton von Müller, a viúva Barbe-Nicole Clicquot-Ponsardin, mais conhecida hoje como Veuve ("Viúva") Clicquot, desenvolveu o remuage. Este é o processo de agitar as leveduras mortas em grades especiais de crivagem, conhecidas como pupitres. Isso significava que as leveduras eram conduzidas para o gargalo da garrafa em apenas três semanas.


Um desenvolvimento posterior do remuage foi alcançado pelos dois produtores de vinho Claude Cazals da Champagne Cazals e Jacques Ducion, que registraram seu giropalete para uma patente em 1968. Este giropalete é operado por motores elétricos. As garrafas não precisam ser agitadas individualmente à mão, mas são colocadas em gaiolas de metal nas quais o remuage ocorre mecanicamente. Isso significa que muito mais garrafas podem ser agitadas ao mesmo tempo!

 

♦ O CHAMPAGNE SEMPRE FOI BRUT (SECO)? - A maioria absoluta de todos os champagnes no mercado hoje são brut, o que significa que eles têm entre seis e 12 gramas de açúcar residual por litro. No entanto, também existem variedades doces (doux) que têm 50 gramas de açúcar residual ou mais por litro! Mas eles são agora uma raridade e são produzidos muito raramente hoje em dia.


É difícil acreditar que até o século XIX, champagnes açucarados eram realmente o padrão. Eles geralmente tinham significativamente mais de 50 gramas de açúcar residual e eram frequentemente ainda mais doces do que um Sauternes ou mesmo um Trockenbeerenauslese. Foi preciso uma viúva corajosa para dar o próximo passo na história do champagne seco. Louise Pommery foi a primeira mulher produtora de champagne a lançar uma versão Brut no mercado em 1874. Os ingleses em particular amavam este champagne seco e acabou influenciando que outras Maisons mudassem o seu padrão para o Brut também.

 

♦ QUANDO FOI QUE CHEGOU AO MERCADO O PRIMEIRO CHAMPAGNE DE PRESTÍGIO? - Em 1876 foi lançado um champagne em particular para a casa real russa. O czar Alexandre II encomendou a Louis Roederer a produção de um champagne para o qual apenas as melhores uvas dos melhores vinhedos seriam usadas. Prestígio, em outras palavras. Esse champagne ainda está disponível hoje, é o lendário Louis Roederer Cristal. E mesmo hoje, o Cristal ainda tem os atributos especiais daquela época.


O czar não era particularmente popular e tinha muito medo de ser envenenado ou morto por um dispositivo explosivo. É por isso que ele insistiu que o champagne fosse servido em uma garrafa transparente. Para que o veneno pudesse ser reconhecido. Além disso, a garrafa não deveria ter a típica protuberância cônica no fundo, para que nenhum dispositivo explosivo pudesse ser escondido ali. Em 1881, o czar foi morto por uma granada de mão, apesar de todas essas precauções. A granada não estava escondida sob uma garrafa de champanhe!

 

♦ AS UVAS DO CHAMPAGNE VEM APENAS DE VINHEDOS DA REGIÃO DA CHAMPAGNE? - O que podemos responder com um sonoro sim hoje, nem sempre foi algo natural. No início do século XX, as coisas eram muito diferentes. Por um lado, as fronteiras de Champagne eram diferentes naquela época. Aube – e, portanto, também a famosa comuna de Montgeux com seu terroir de giz puro – ainda não pertencia a Champagne. Mas isso não impediu as Maisons de champagne de comprar uvas de lá, especialmente para seus vinhos de prestígio, e de secretamente chamar Montgeux de "Montrachet de Champagne". Era assim que a qualidade era boa.


No início do século XX, uma verdadeira escassez de uvas se instalou em Champagne devido ao devastador desastre da filoxera. As videiras foram vítimas da filoxera, e simplesmente não havia uvas suficientes para fazer champagne. Em vez de pagar aos viticultores em Aube preços razoáveis, as Maisons tentaram empurrá-los ainda mais baixo. Quando isso falhou, eles simplesmente compraram uvas de outras regiões vinícolas francesas, como o Loire. Eles até trouxeram uvas da Alemanha!


Os viticultores de Aube naturalmente não iriam tolerar isso. Especialmente porque eles estavam lutando desde 1908 para serem autorizados a produzir champagne oficialmente! Em janeiro de 1911, a raiva reprimida explodiu e houve tumultos violentos em Aÿ, onde armazéns foram incendiados, vinhos espumantes foram despejados no Marne e as Maisons de champagne locais foram atacadas. Foram necessários 40.000 soldados enviados às pressas de Paris para pôr fim à agitação. Por enquanto, em 16 de fevereiro de 1911, o governo francês aprovou a Lei do Champagne, que claramente excluía Aube – e, portanto, Montgeux – na produção de champagne. A situação se agravou novamente, e as primeiras mortes foram relatadas.


Em junho de 1911, o governo finalmente cedeu e classificou Aube como a "deuxième zone". Isso significava que "champanhe de segunda classe" poderia ser produzido. Foi graças, em particular, às negociações persistentes da família Beaugrand de Montgeux, que Aube se tornou oficialmente uma região totalmente desenvolvida e igualitária na região de Champagne em 1927.

 

♦ QUAIS SÃO AS UVAS UTILIZADAS NA PRODUÇÃO DO CHAMPAGNE? -  Apesar de três castas serem as mais utilizadas e conhecidas: Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier, há sete castas autorizadas para a produção de champanhe que são: Chardonnay, Pinot Noir, Pinot Meunier, Arbane, Petit Meslier, Pinot Blanc, Pinot Gris.


É possível fazer champagne com qualquer combinação dessas uvas ou com uma combinação de até sete delas. Variedades menos utilizadas, como arbane, petit meslier, pinot blanc e pinot gris, representam menos de 0,3% da produção. Cada variedade de uva traz seu próprio traço de caráter ao Champagne, tornando-o um exemplo de vinho feito a partir de blends.


Novas variedades vem sendo introduzidas nos vinhedos. A uva híbrida Voltis é uma das novas uvas que pode ser usada na produção de champanhe. Em fevereiro de 2022, o Comité Interprofessionnel du Vin de Champagne (CIVC) aprovou a utilização da Voltis na região, com um limite de 5% da área plantada e 10% do blend. A Voltis é uma variedade híbrida que é resistente a doenças fúngicas, como o míldio e o oídio. A sua presença nos vinhedos da região de Champagne é ainda pequena, mas já é uma realidade.

 

♦ EXISTE CIDADE OU UVA CHAMADA CHAMPAGNE? - Ao contrário de algumas outras bebidas famosas, o champagne tem o nome da região, localizada no nordeste da França, e não de uma variedade de uva. Não existe uva chamada Champagne. Também não existe uma cidade chamada Champagne. Refere-se a toda a região.


Champagne é a região vinícola mais fria da França. A região de Champagne está localizada a cerca de 150 quilômetros a leste de Paris e é a área vinícola mais fria da França devido ao fato de ser a região vinícola mais ao norte. A temperatura média anual de Champagne é de 11 graus Celsius. Na verdade, é o clima mais fresco que dá às uvas a acidez certa para uma produção perfeita de champagne.


Um dos elementos que torna Champagne uma região de cultivo tão única (deixando de lado 200 dias de chuva e temperaturas mais amenas) é a argila do solo que fica nas profundezas da terra. Isso leva a algumas das melhores condições de cultivo e também de envelhecimento. A razão pela qual tantas cavernas antigas são usadas para a produção do champagne é porque a argila cria as condições perfeitas para o descanso e desenvolvimento da complexidade dos Champagnes. Também há gesso e calcário na região, mas é a argila que mantém o nível perfeito de umidade, absorve choques para que as garrafas não sejam agitadas e permanece com ambiente fresco durante todo o processo.

 

♦ CHAMPAGNE É UM TERMO PROTEGIDO? - Na verdade, sim. Mas infelizmente, não é tão simples assim. Na Europa, champagne é claramente um termo protegido. E tem sido desde 1990. Desde então, todos os outros vinhos espumantes com fermentação tradicional em garrafa não têm mais permissão para se chamarem assim. A região de Champagne também teve o termo "méthode champenoise" protegido pela União Europeia para esta fermentação muito tradicional em garrafa.


E a proteção da marca genérica Champagne é realmente levada muito a sério! Na Alemanha, por exemplo, há um produtor que faz um vinho espumante de pera. A variedade é chamada de pera Champagne. Quando o vinho espumante de pera foi lançado no mercado e orgulhosamente exibiu a variedade de pera na frente do rótulo, seguiu-se uma disputa legal com Champagne que durou anos e só terminou em 2022, após mais de dez anos. O resultado: a partir de agora, a variedade de pera Champagne só pode ser mencionada no rótulo traseiro!


Fora da União Europeia, no entanto, Champagne não é tão facilmente capaz de impor sua proteção de marca registrada. Nos Estados Unidos, por exemplo, todos os vinhos espumantes produzidos lá também podem ser chamados de Champagne. Champagne entrou com uma ação judicial. E falhou. A razão dada foi que, devido à distância geográfica, estava claro que os vinhos espumantes americanos não poderiam vir de Champagne.


Na Suíça, a pequena vila de Champagne, de 750 pessoas com 28 hectares, perdeu várias brigas legais com os franceses. Eles produzem vinho desde o século X, muito antes de os franceses fazerem Champagne. E eles não podem rotular sua área como vinho de Champagne.


E também há uma disputa com a Rússia no momento. Lá, Putin declarou por lei que apenas vinhos espumantes russos podem ser chamados de Champagne. E como isso também está fora da União Europeia, será muito difícil para Champagne afirmar seus próprios interesses neste caso. O resultado da disputa legal é incerto.


Então, gostou de conhecer um pouco mais sobre o Champagne? Saúde!!! Aproveite para comentar se gostou ou não do artigo!!! (Este artigo está baseado em material disponível na internet, e minhas considerações em relação ao tema).

Comments


bottom of page