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Foto do escritorVinotícias - Marcio Oliveira

COLOMÉ ALTURA MÁXIMA SAUVIGNON BLANC 2021 – SALTA – ARGENTINA

Depois de provar este Sauvignon Blanc tenho que dizer (ou escrever!) que a Argentina tem um grande vinho desta casta.

A história da Vinícola Colomé é tão interessante como a sua proposta vitivinícola. Para começar, trata-se da vinícola mais antiga do país em atividade. Sua fundação em 1831 foi obra de Nicolás Severo de Isasmendi y Echalar, último emissário realista do Norte – o que depois viria a se tornar a Argentina. Após a Revolução de Maio, Don Isasmendi recebeu uma grande porção de terras, entre elas, Colomé. Para sua filha, Ascención Isasmendi, que nessa época estudava na Europa, ele havia pedido que, ao regressar, trouxesse videiras europeias. Essas videiras foram plantadas em Colomé. Dessa forma, foram pioneiros no cultivo de uvas na região dos Altos Valles Calchaquíes. Desde então, esta terra tem sido prolífica e surpreendente.


 Em 1998, os suíços Donald e Úrsula Hess, inspirados pela beleza única e excepcional do terroir dos Altos Valles Calchaquíes salteños, decidiram elaborar vinhos em um dos vinhedos mais altos do mundo. Assim nasceu a “Bodega Colomé”, um testemunho de sua paixão pela natureza e, é claro, pelo vinho.


Os vinhedos da Bodega Colomé se estendem nas alturas, de La Brava, em Cafayate, até alcançar a máxima altitude em Payogasta.


Composição de Uvas: 100% Sauvignon Blanc de um vinhedo de 2 hectares, plantado a 3.111 metros acima do nível do mar, com passagem por 8 meses em barricas novas de carvalho francês onde faz a fermentação malolática (75% do vinho ficou em tanques de inox).  


Notas de Degustação: Vinho cor palha com reflexos levemente dourados. No nariz há aromas de especiarias doces da passagem pela madeira, de frutas brancas e amarelas (pêra, maçã), nada de vegetal ou maracujá que muitas vezes é o descritor da casta. Em taça revela ser um vinho muito elegante no olfato e no paladar ele se mostra denso, pleno, com sabores de melão, especiarias doces, complexo, com uma acidez e bom corpo, deixando a impressão de excelente equilíbrio. O final de boca é mineral e muito longo. Delicioso.


Estimativa de Guarda: Creio que aguenta fácil 8 anos.


Notas de Harmonização: Por ser um vinho eminentemente gastronômico, acompanhará bem carnes brancas, peixes, mariscos, camarão a moda provençal, massas com molho branco, risotos e arroz com frutos do mar.


Serviço: servir entre 8 e 10º C. (Beba numa taça com bom volume de copo para os aromas se exprimirem melhor).


Faixa de Preço – 51.600 pesos, o equivalente a R$ 300. Se chegar no Brasil deverá estar bem mais caro.


Provado em viagem pela região de Salta e Jujuy.

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