Embora existam registros de atividades em Bages anteriores ao século XVI, a história da produção de vinho na região começou realmente no século XVIII.
De 1749 a 1824, a vinha era de propriedade de Thomas Lynch, o filho de um irlandês de Galway que trabalhava como comerciante em Bordeaux. Thomas Lynch geriu estas terras com sabedoria e produziu vinhos de alta qualidade sob o nome de ''Cru de Lynch''. Como parte da prestigiosa Classificação de 1855, para a Exposition Universelle de Paris, seu vinho logo seria classificado como um dos "5eme Cru”.
Mais tarde, Jean ''Lou Janou'' Cazes, um ''Montagnol '' (um termo usado para descrever os agricultores dos austeros vales de Ariège), veio para Médoc para ganhar a vida. Na década de 1930, o general Félix de Vial, um descendente da família Cayrou, arrendou a vinha a Jean-Charles Cazes, o filho de ''Lou Janou'' e agricultor no Château Ormes de Pez em Saint-Estèphe. Cazes comprou as duas propriedades no início da Segunda Guerra Mundial. Lynch-Bages tem sido gerido pela família Cazes desde então.
No coração do Médoc, com vista para o estuário de Gironde, está situado Pauillac, o verdadeiro berço dos vinhos Grand Cru Classé desde 1855.
Ali estão plantadas as vinhas de Lynch-Bages, com idade média de 30 anos, algumas chegando aos 60 anos. Como a Classificação de 1855 é imutável (com raras exceções), o Château Lynch-Bages mantém a sua classificação de Cinquième Cru, mas sua qualidade e seu preço de mercado estão sempre colocados em níveis superiores.
O vinho principal é composto majoritariamente de Cabernet Sauvignon (75 a 85%), mesclado com a Merlot (10 a 15%), a Cabernet Franc (5 a 10%) e a Petit Verdot (2%). Ele consegue aliar estrutura e fineza, elegância e longevidade, mostrando opulência nos primeiros anos e maturidade e complexidade no seu auge.
● Notas de Degustação: Vinho de cor rubi com halo granada da guarda por 14 anos. Com aromas de couro, cogumelos, sous-bois (folhas em decomposição), com madeira bem integrada, toques de cedro, baunilha e tabaco. Estagiou em barricas de carvalho francês durante 18 meses, sendo 75% barricas de 1º uso. O vinho é mostra complexidades que repetem o perfil aromático, equilibrado, com taninos macios. Um vinho com bouquet e sabores típicos de Bordeaux.
● Estimativa de Guarda: Creio que foi bebido em um bom momento, ou seja, na hora certa!
● Notas de Harmonização: Recomendo decantar. Vai muito bem com cordeiro, corte de carnes vermelhas assadas ou grelhadas, magret de canard, queijos cremosos. Acompanhou muito bem uma costela de Angus na redução de Bourbon e funghi Porcini, rosti de batatas com ervas de Provence e alho porró crocante, num menu finamente preparado pelo Chef Douglas.
● Serviço: servir entre 16 e 17ºC (Beba numa taça grande de Bordeaux).
● Faixa de Preço – Estelar
● Degustado na Confraternização da AMICIVINO
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