A uva Zinfandel teve sua origem através da variação Crljenak Kaštelanski, cultivada na Croácia desde o século 15. Já no século 18, foi levada à Itália, na região de Apúlia (hoje Puglia), onde é cultivada sob o nome de Primitivo graças a seu amadurecimento precoce e rápido.
Provamos alguns rótulos de Primitivo da Puglia, da vinícola Apollonio, avaliados no Vinotícias da edição 402022, sendo que estes vinhos são importado para o Brasil pela Casa do Vinho de Belo Horizonte. Também provamos alguns rótulos de Zinfandel californiano, dos quais destaquei este Caymus, por sua excelência.
Na busca para entender se a Zinfandel e a Primitivo são as mesmas uvas (a ciência diz que sim), provamos alguns rótulos de ambas para chegar a conclusão mais óbvia.... A uva pode ser a mesma, mas os vinhos são diferentes.
A uva tinta Zinfandel é uma das mais populares nas regiões de Sonoma e Napa, na Califórnia e tem uma história bastante e interessante e cheia de reviravoltas. Embora seja consenso que a famosa uva americana tenha sido trazida para a América pelos europeus no século 19, há diversas lenda sobre sua origem.
Apesar das lendas, geneticamente, já foi comprovado que a Zinfandel é equivalente à tradicional uva italiana Primitivo que, por sua vez, é bastante próxima à uva Crljenak Kastelanski da Croácia. Contudo, o nome Zinfandel, provavelmente, é de origem austríaca.
A uva praticamente desapareceu durante a Lei Seca, mas sobreviveu também à duas Guerras Mundiais e retomou sua popularidade nos anos 70. Hoje conhecida como “a jóia Californiana” e é produzida em abundância na região, cerca de 11% dos vinhedos. Seu vinho também é produzido, em menor escala, na Austrália, México e África do Sul.
O vinhedo em Santa. Helena, Califórnia, produz este vinho excepcional devido as condições do solo, idade das videiras e condução da vinha no estilo antigo, sem fios de treliça - apenas vinhas velhas retorcidas apoiadas por conta própria (sistema de vaso) ou “bush vines”. O terroir fica em Mead Ranch, com solo vermelho localizado no alto das montanhas de Atlas Peak. A maior parte das vinhas tem mais de 30 anos.
● Corte de uvas: Corte de 79% Zinfandel, 21% Petite Sirah.
● Notas de Degustação: Vinho de cor rubi violácea, com tonalidade da ameixa escur a madura. O nariz mostra aromas ricos de frutas como a amora, acentuado por um leve toque de pimenta do reino. No paladar temos os sabores das amoras e groselhas, com algo de caráter rústico e terroso. Depois aparecem as notas de baunilha que combinam perfeitamente com a fruta, refletindo a qualidade equilibrada deste vinho, com paladar bem integrado com o carvalho. Os taninos são suaves e sedosos, exibindo as características finas, num vinho de corpo, bem equilibrado e fim de boca com nota de bala toffe.
● Estimativa de Guarda: embora possa ser bebido 2 a 3 anos após a safra, ele poderá evoluir por até 10 anos em grande estilo.
● Reconhecimentos de Críticos: pontuado em vários críticos com 93 pontos.
● Notas de Harmonização: vai muito bem com linguiça siciliana picante, pizza, churrasco e carnes vermelhas.
● Serviço: servir entre 15 e 16ºC (Beba numa taça grande de Bordeaux).
● Faixa de Preço – $$$$$
● Em BH: MISTRAL - Rua Cláudio Manoel, 723 - Savassi - BH. Tel.: (31) 3115-2100
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