Beyerskloof é uma vinícola situada na região de Stellenbosch, na África do Sul, fundada em 1988 pelo enólogo Beyers Truter, que tinha como objetivo produzir vinho à base de Cabernet Sauvignon. Hoje, Beyerskloof é mais famosa por seus vinhos produzidos a partir de Pinotage. A Vinícola é considerada uma empresa focada na casta Pinotage.
O solo raso e cascalhoso encontrado na propriedade original tem muitas semelhanças com o encontrado na região francesa de Bordeaux, e é plantado como tal para Cabernet Sauvignon e Merlot. As videiras são plantadas com uma orientação norte-sul em um sistema de treliça tradicional para garantir que as uvas sejam expostas ao máximo de luz solar possível.
Em 1997, Beyerskloof comprou 50 hectares (124 acres) de terra perto do vinhedo original para cultivar uma seleção maior de variedades de uva. Esta terra é plantada predominantemente com Pinotage, com plantações menores de Cabernet Sauvignon, Merlot e Cinsault. Beyers Truter tem sido um defensor particular do Pinotage e foi um membro fundador da Pinotage Association.
Na vinícola, as uvas são fermentadas em fermentadores a céu aberto e os vinhos são amadurecidos em barricas novas de carvalho francês. O vinho carro-chefe, o Beyerskloof Pinotage, é feito dos melhores barris de Pinotage da adega. Outros vinhos da coleção apresentam bastante Pinotage, tanto varietais quanto em misturas com Cabernet Sauvignon, Cinsault e Pinot Noir.
Beyerskloof Diesel Pinotage é uma homenagem ao adorado Dogue Alemão do enólogo Beyers Truter, Diesel, que aparece no rótulo. Este Pinotage notável é ágil e flexível com expressão varietal autêntica, profundidade de sabores e intensidade de fruta. Fiel às suas origens, guiado pela mão do enólogo. As videiras estão plantadas sob forma de “bush vines” - É o seu formato, que lembra um cone invertido, que dá nome a este sistema em diversos idiomas. No francês e inglês, a inspiração vem da associação com o formato de uma xícara ou cálice (gobelet em francês, goblet em inglês). Da mesma forma, a Espanha usa a expressão viñas en vaso. Já na Itália, alberello é a expressão usada, pois a videira pode lembrar também uma pequena árvore (albero, em italiano). Por fim, nos países de língua inglesa do Hemisfério Sul o termo mais usado é bush vine, pois parecem um arbusto.
No sistema gobelet, as vinhas recebem ajuda para sua sustentação quando pequenas, mas logo passam a depender do tronco para seu suporte. A cada ano são mantidos entre duas e oito (o mais normal são entre três e quatro) varas relativamente curtas, que são podadas para crescer verticalmente. De forma geral, resulta em videiras mais baixas, variando entre 20 e 100 centímetros de altura, na maioria das vezes na altura dos joelhos.
A maturação ótima para a colheita foi a 25,8°B. Uma vez desengaçadas, as bagas passaram por um sistema de triagem para minimizar a verdura. A fermentação ocorreu em barricas abertas, com battonage a cada 2 horas por 5 dias. As uvas foram prensadas antes do término da fermentação, e a fermentação malolática ocorreu em um tanque de aço inoxidável. O vinho foi para barricas novas de carvalho francês por 21 meses, após o qual apenas as melhores barricas foram selecionadas para este vinho ser engarrafado.
● Composição de Uvas: 100% Pinotage, com origem em videiras com idade média de 25 anos, plantadas em forma de “bush vines”.
● Notas de Degustação: Cor rubi escuro. Aromas de ameixa e amora no início, com um adorável toque de cedro no fundo. Um vinho estruturado com sabores intensos de frutas escuras, com grande profundidade e equilíbrio com um acabamento persistente em boca. Uma bela surpresa em se tratando de pinotage.
● Estimativa de Guarda: Potencial de guarda sugerida de 10 anos.
● Notas de Harmonização: Harmoniza com curries indianos picantes ou qualquer carne vermelha grelhada no churrasco.
● Serviço: servir entre 16 e 18ºC. (Beba numa taça Bordeaux, com bom volume de copo para os aromas se exprimirem melhor).
● Valor: $$$$
● Degustado numa Confraria recente entre amigos. O vinho foi trazido da África do Sul por um dos confrades.
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