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Foto do escritorMarcio Oliveira - Vinoticias

“AFINAL DE CONTAS, O VINHO É O NÉCTAR DO AMOR?”

O vinho é frequentemente associado a encontros românticos em jantares para casais. Com a aproximação do “Dia dos Namorados”, uma pergunta que resta ser feita é se: "o vinho é um verdadeiro afrodisíaco?"

O vinho traz a imagem de um álcool nobre e contrasta com os aperitivos ou outras bebidas convencionais. Embora seja cada vez mais apreciado nas festas e celebrações, o vinho é sempre associado como um símbolo do amor que aproximaria duas pessoas durante uma refeição.


Quando questionado sobre o assunto, Philippe Brenot, psiquiatra, antropólogo e diretor do ensino de sexologia na Universidade Paris, foi direto e determinado: "Não, o vinho não é um afrodisíaco."


O especialista segue uma definição clara: um afrodisíaco é o que produz um desejo, depois uma excitação não natural nas pessoas. “A voz masculina pode ter um impacto afrodisíaco, mas não existe um processo para despertar um desejo básico inexistente. Existem segredos de “filtros de amor” desde os tempos antigos, é claro que nenhum deles funciona. Alguns podem até ser muito perigosos para a saúde,” ele adiciona.


Philippe Brenot, também autor do livro "Le vin et l'amour" (“O Vinho e o Amor”, editado pela Féret), afirma que é fundamental separar os termos "afrodisíaco" e "desinibidor". Assim, se o vinho não atender ao primeiro critério, continua sendo uma chave para quebrar a inibição dos primeiros momentos de constrangimento ou timidez. “Por muito tempo a desinibição feminina foi contida, pois era percebida como capaz de despertar o desejo, a excitação e a desordem social. As mulheres bebiam água tingida de vermelho (água misturada com uma pequena quantidade de vinho) para não criar um suposto perigo para os laços forjados na sociedade. "


Uma boa refeição tem um efeito de diminuir a ansiedade e a tensão de um encontro, e associada a um vinho desinibidor, embriaga os sentidos dos amantes, que terão mais facilidade em puxar conversa e superar os primeiros momentos de relacionamento. Segundo o antropólogo, a lenda do “filtro do amor” em torno do vinho decorre de sua constituição mais flexível em relação aos demais álcoois. Torna possível atingir um estado propício à troca de impressões e sentimentos, sem cair muito rapidamente em uma situação em que as ações não são mais totalmente dominadas.


A moda também desempenharia um papel importante na priorização do vinho em relação a outras bebidas alcoólicas durante os encontros românticos. Champagne, por exemplo, despertou um grande interesse entre as mulheres desde o século XVIII. Não é à toa que a ideia do champagne traduz as conquistas amorosas – Casanova sempre abria uma garrafa nos momentos de conquista amorosa. Mais recentemente, James Bond sempre tinha uma garrafa de champagne quando estava com suas “Bond Girls”.


A Deutz, uma discreta (e excelente Maison de Champagne) celebra a união do vinho e do amor na figura do cupido, sob a forma de uma estátua na entrada da vinícola em Ay. Na antiguidade clássica, o amor era tão importante que foi personificado, tornou-se um deus, Eros (ou Cupido, segundo a mitologia romana), representado como um jovem (por vezes também uma criança) alado portando seu arco, disparando flechas que causavam uma paixão súbita e inabalável em seus alvos humanos ou deuses. Ao ser flechado, era impossível resistir ao amor!


O vinho, portanto, cria um clima agradável e propício à uma boa conversa, que pode render um bom romance. Porém, as qualidades do vinho, por melhor que sejam, não encantam, por si mesmas, o ser desejado.


O amor é complicado de descrever. Os filósofos, poetas e escritores já tentaram, de todas as maneiras, com todas as rimas, em verso e prosa, de inúmeras formas, resumir esse sentimento. Portanto, lembre-se que o vinho pode ajudar a tornar sua celebração do “Dia dos Namorados” um sucesso, mas ele depende essencialmente de você mesmo, de sua disposição, de seus sentimentos.


Saúde!!!Aproveite para comentar se gostou ou não!!! (baseado em artigos disponíveis na internet e minhas considerações)

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