As comemorações do 14 de julho, data nacional da França acabaram se estendendo pelo domingo, quando a França disputou e ganhou a final da Copa do Mundo na Rússia. Em Belo Horizonte, a comemoração no sábado aconteceu com a realização da 19ª edição da Festa Francesa.
Muito bem organizada, realizada ao longo da Praça José Mendes Junior, ao lado da Praça da Liberdade, a festa teve ingressos limitados, trocados por 1kg de alimento não perecível. Havia espaço para todos, e grande parte das pessoas acomodou-se confortavelmente em mesinhas e cadeiras durante a realização do evento. Uma grande vantagem foi o sistema de pagamento por aplicativo, o que diminuiu a formação de filas e permitiu um atendimento mais rápido nas barracas que serviam comidas e bebidas.
O objetivo de divulgar a cultura francesa estava diversificado em vários campos, como a gastronomia, vinhos e shows. A gastronomia esteve representada pela Provençal Gourmet, Villa il Dolce, Le Comptoir de Toamasina, Omilia, Duke ‘n’ Duke, Ah! Bom, Rossignol Patisserie e Fiorella Gelato, entre outros restaurantes. A importadora de vinhos Camporeale e a Mon Caviste e a cervejaria Wäls forneceram as bebidas da festa.
Provei os vinhos que comentei como Vinhos da Semana e posso dizer que agradaram muito. A oferta de pratos típicos ia de sopa clássica de cebola, com bacon e fundo de carne, e daube à provençal (carne bovina em cubos, cozida em seu molho com curry e legumes, além de sanduíches de pato desfiado com molho dijon e picles e de queijo raclette com pesto, bem como o tradicional crème brûlée, tarte citron (torta de limão) e os coloridos macarons. Havia também uma releitura do Arroz de Pato, numa concepção mineira com direito a quiabo.
E como pão é fundamental para franceses, havia a oferta de paes artesanais do Empório Grano e da Mon Caviste. Também não faltaram os crepes salgados feitos com queijo gruyère: La Parisienne (com presunto); La Provençale (com peito de peru); La Normande (com frango ao molho bechamel), e o La Végétarienne (com alface, tomate e rúcula). Para sobremesa, os recheios podiam ser de nutella ou chocolate belga, verdadeiras delícias, por preços acessíveis para todos os gostos e bolsos.
O perfil do evento de rua foi democrático, desmistificando parte do conceito de que na França, tudo é luxo, havendo muito espaço para o artesanal.
Os shows se sucederam com Sônia Andrade, interpretando clássicos de Edith Piaf. Depois tocou a banda Power Muzak e Black Machine. Para terminar, o conhecido DJ e produtor musical Paco Pigale deu o ar da graça, tocando vários sucessos musicais.
A Festa da França foi um bom prenúncio para o que se seguiu no domingo, quando tivemos oportunidade de provar o brunch da Mon Caviste, seguido pela partida final da Copa. A Mon Caviste virou um espaço de amigos simpatizantes pela França, torcendo unidos e gritando “allez les bleus”. Menu regado a bons vinhos e chopp, virou uma bela comemoração pela vitória na Copa do Mundo de Futebol!! Espero não precisar esperar mais 4 anos para provar novamente todos os petiscos. Afinal, ano que vem teremos a 20ª edição da Festa Francesa! Saúde!!!