“Rio Grande do Sul na Europa” e “2ª Conferência Mundial sobre Turismo Enológico da Organização Mundial de Turismo” serão promovidos nesta semana, entre os dias 26 e 30 deste mês.
Passeio de bicicleta pelos parreirais é uma das experiências enoturística que serão divulgadas no seminário “Rio Grande do Sul na Europa”, em Madri. Foto: Tatiana Cavagnolli.
Responsável por agregar valor ao setor vitivinícola, fortalecer a relação do público com a cultura e as regiões produtoras e estimular a socioeconomia da cadeia, o enoturismo é um dos mais importantes pilares para a promoção dos vinhos brasileiros em território nacional e no Exterior. Com objetivo de divulgar, planejar e executar ações integradas com atores públicos e privados para alancar o envolvimento do chamado turismo de experiência, o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) participa nesta semana de dois importantes eventos ligados ao assunto, na Espanha e na Argentina: “Rio Grande do Sul na Europa” e “2ª Conferência Mundial sobre Turismo Enológico da Organização Mundial de Turismo”.
A partir desta terça-feira (26) até a próxima quinta-feira (28), a Fundação Cultural Brasil Europa realiza, em parceria com Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), e com o apoio técnico da Secretaria da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul (Sedactel-RS), o seminário “Rio Grande do Sul na Europa”, no Teatro Casa de Vacas (Parque del Retiro), em Madri, na Espanha. O evento voltado para divulgação do turismo gaúcho terá em seu primeiro dia de programação um espaço dedicado ao enoturismo. O sommelier Maurício Roloff representará o Ibravin na conferência “Vinho e Enoturismo: Rio Grande do Sul como Referência Nacional”, apresentando um panorama do vinho brasileiro e as experiências disponíveis aos visitantes. Passeios de bicicletas e corridas pelos vinhedos, elaboração do próprio vinho, colheita noturna e pisa de uvas são algumas das atividades que serão divulgadas.
“O enoturismo é uma das ferramentas mais importantes na divulgação dos vinhos brasileiros. E mesmo que a Espanha não seja um mercado-alvo para a exportação nacional, sempre é bacana divulgar a qualidade dos nossos produtos em países de produção consagrada. Hoje as opções que o vinho brasileiro oferece aos visitantes vão além da visita à vinícola e no enxergar do processo de elaboração. A diversidade de programas que as vinícolas e todo o trade turístico das regiões produtoras oferecem aos visitantes torna uma experiência para vários dias, sem ser repetitivo”, explica Roloff.
O enoturismo também estará em debate de quinta-feira (28) a sábado (30), no Auditório Ángel Bustelo do Congresso e Centro de Exposições, em Mendoza, na Argentina. A segunda edição da “Conferência Mundial sobre Turismo Enológico”, promovida pela Organização Mundial de Turismo, terá como tema central o Turismo Sustentável para o Desenvolvimento, visando apoiar o Ano Internacional sobre o assunto. Destinos, evolução, tendência, comunicação, desenvolvimento de produtos, integração regional, parcerias público-privadas e boas práticas serão alguns dos assuntos abordados nos workshops e nas visitas técnicas. Alexandra Mezzacasa, integrante do Comitê de Enoturismo e do departamento de Promoção do Ibravin, representará o setor no evento.
“Iniciativas como essas em Madri e Mendoza possibilitam a nossa representação em importantes eventos ligados ao enoturismo e reiteram o nosso posicionamento também no mercado internacional. A participação de representantes do Ibravin nestes simpósios trará oportunidades e informações para a categoria brasileira e experiências para aplicarmos no 8º Congresso Latino Americano de Enoturismo, que realizarem em 2018, em Bento Gonçalves ”, antecipa o gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini.
Em novembro do ano passado, o Ibravin criou o Comitê de Enoturismo com objetivo de fortalecer o turismo do vinho brasileiro. O grupo é constituído por empresários ligados à atividade e representantes de entidades do setor e do governo. De acordo com o último Censo Vinícola realizado no Brasil, cerca de 30% das vinícolas tem projetos relacionados ao turismo de experiência e, aproximadamente, 42% empresas apresentaram intenção de desenvolvê-lo. Oitenta por cento das vinícolas que trabalham fortemente com o enoturismo estão localizadas em roteiros turísticos.